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terça-feira, 27 de junho de 2017

QUEREMOS UMA ORQUESTRA

O Flamengo vem pecando demais nas finalizações e na falta de jogadas armadas.

Contra o Bahia, por exemplo, ganhamos o jogo, por 1 x 0, mas não jogamos bem.

Na goleada, por 5 x 1, que o Flamengo aplicou em cima da Chapecoense, Guerrero fez três gols, na base da raça, do "bumba meu boi", mas perdeu outros dois feitos. 

Só ganhamos este jogo porque Guerrero e Diego fizeram a diferença, mas o Fla não tinha esquema tático.

Só sabem fazer cruzamentos? 

De que adianta você ter uma orquestra, com alguns dos melhores músicos do mundo, se esta orquestra não tem repertório e, ainda por cima, meia dúzia destes músicos erram sempre, desafinam?

Esse é o Flamengo.

Tem um tremendo elenco, mas não tem repertório de jogadas.

Dependemos de cruzamentos e mais cruzamentos sobre a área ou de jogadas individuais de nossos craques.

Não parece um time.

O nosso maestro, o Zé Ricardo, tem um material humano que há muito tempo o Flamengo não tinha.

Então, cabe a ele criar o repertório e exigir, impor aos jogadores, que cumpram suas determinações.

Não vamos aceitar sapatinho alto.

Com o elenco que temos, dá para brigar fácil pela conquista do Brasileirão, com certeza.

O que precisamos é que William Arão volte a jogar bola, que o Muralha volte a ser o goleiro que era, que o Rafael Vaz seja mais sério e não vacile tanto...

E o Márcio Araújo? Pensaram que esqueci? Manda ele pra outro clube, de graça. E olha que de graça é caro, já que ele recebe um bom salário.

Esse Caramujo erra passes dos mais fáceis. De que adianta roubar a bola (nem sempre rouba) e dar um toquinho pra trás ou devolver para o adversário?

A dupla de volantes tem que ser Cuellar e Arão.

E a garotada precisa ser mais aproveitada. Tem que dar quilometragem pra eles.

Nesta quarta-feira temos um embate contra o Santos, pela Copa do Brasil.

Vamos ver se a coisa começa a melhorar.

Como está, fica complicado aturar.

Queremos uma orquestra e não uma bandinha desafinada de inauguração de loja do interior.

domingo, 4 de junho de 2017

EMPATE INJUSTO

Antigamente, no jornal O Globo, o cartunista Otelo tinha uma página de humor esportivo e sempre colocava o "placar moral" das partidas, dentro do que ele acreditava que seria o mais justo para os jogos que havia assistido ou ouvido pelo rádio.

Nunca o Flamengo perdeu. Mesmo derrotado, o gozador rubro-negro Otelo, colocava o placar moral com vitória do Mengão.

O empate sem gols, entre Flamengo e Botafogo, neste domingo, em Volta Redonda, foi injusto.

Se formos levar em consideração as chances reais de gols perdidos pelas duas equipes, o "placar moral" seria 5 x 2 para o Flamengo. E não estou fazendo piada, dando uma de Otelo. Nem tenho competência para isso.

De cara, gostei do Zé Ricardo ter barrado o Rafael Vaz e colocado o velho Juan, que acabou dando mais segurança à nossa defesa, que ainda considero fraca.

Os primeiros sessenta minutos de jogo foram bem disputados, apesar do calor, mas houve um certo equilíbrio entre Fla e Bota.

Cada um dos times perdeu uma chance de gol.

Porém, caro compatriota da Nação, as coisas começaram a mudar (e muito) a partir dos 15 minutos do segundo tempo.

O Flamengo vinha jogando com um homem a menos, desde o início do jogo, já que o Ederson, que até hoje, não disse o que veio fazer por aqui, nada fazia.

Parece até coisa de empresário amigo de diretor, que conseguiu colocar o cara em um time, só na camaradagem e com um bom salário, é claro. E nem estou levando em consideração o tempão que esse Ederson ficou machucado. Nunca o vi jogando nadinha. Se estou errado, me avisem, por favor.

Parece até o caso daquele inesquecível "craque" Carlos Eduardo. Lembra deste traste? Se não lembrava mais, me desculpe por fazer essa maldade.

É o tal negócio, a gente já atura o Caramujo, que desarma daqui, desarma dali e falha de montão na hora do passe, entregando a bola no pé adversário. E ainda tem que aturar o Ederson?

Pois bem, voltando ao que é bom, o mala do Ederson saiu e entrou o Diego, quase dois meses sem pisar em campo. Mesmo assim, fora de ritmo, não é que o cara já mudou a forma do Flamengo jogar?

Cinco minutos depois do Diego, entrou o menino Vinícius Júnior, que colocou fogo no jogo.

Vinícius Júnior lamenta a bola que acertou o travessão

Com Diego na armação e Vinícius Júnior partindo pra cima da apavorada defesa botafoguense,  não é que o Mengão ainda perdeu quatro gols?

Dois com o Guerrero, um com o Éverton e outro do próprio Vinícius, que deu um belo chute colocado e a bola, caprichosamente, bateu no travessão.

O Flamengo e o Vinícius mereciam melhor sorte. Essa vitória era necessária, pois só vencemos um jogo e empatamos três, neste Brasileirão.

Continuamos perdendo muitos gols este ano. Tá difícil resolver esse problema...

Estamos mal na tabela, mas vamos melhorar, com toda a certeza.

Mas nossa torcida precisa ter calma. Não adianta querer que um menino de 16 anos seja logo transformado em titular. Vai deixando ele no banco e colocando aos poucos.

Já perdemos uma infinidade de futuros craques (ou grandes jogadores) por causa disso. Ou alguém esquece de Marcelinho, Paulo Nunes, Djalminha, Marquinhos, Andrezinho, Negueba, Rafinha, Thomaz etc e tal? Se puxar um pouco mais pela memória, vamos lembrar de outros.

Otelo, falecido em 2006
Muitos deles fizeram sucesso e viraram ídolos vestindo outras camisas. Outros não.

Se bem que o Vinícius Júnior já está vendido mesmo para o Real Madrid. Ainda assim, devemos ter calma com ele.

Antes de terminar, voltando ao Otelo, queria deixar registrado que foi ele quem criou a expressão Manto Sagrado, para a camisa do Flamengo.